quinta-feira, 5 de abril de 2018

Tratem de mim porra!




O Aqueduto da Amoreira é património municipal. Está totalmente localizado no concelho de Elvas, foi construído com o dinheiro dos elvenses durante gerações e, em condições normais, a titularidade da Câmara não seria novidade.

A curiosidade aqui é que…a Câmara desconhece essa titularidade. Trocando por miúdos – o atual Presidente da Câmara gere um município sem que saiba qual o património que lhe está afeto. Se não fosse a gravidade da situação pareceria uma anedota.

A Câmara insiste nos ajustes diretos, onde gasta milhões de euros. Insiste em subsidiar Associações que mais não fazem (algumas delas) que pagar o vencimento a quem trabalha (in)diretamente para a Câmara. Insiste em carregar nos impostos dos elvenses. Não insiste, porque alegadamente não sabe que é dona daquilo que lhe pertence, na recuperação e manutenção do nosso ex-libris.

Este Presidente de Câmara é original, façamos-lhe essa homenagem. Nenhum político, que eu conheça, se lembrou de alegar desconhecimento da posse de uma propriedade para justificar a sua inação. Mocinha lembrou-se.

Por muito que os apaniguados de Mocinha se escondam atrás de argumentários estapafúrdios, comparando o Aqueduto da Amoreira, por exemplo, com o Templo de Diana, ou dizendo que as culpas são de todos os organismos e mais algum (que não a Câmara Municipal), a verdade é que compete ao dono fazer o que for necessário para manter o seu património. E o dono do Aqueduto é a Câmara!

Cumpre ainda lembrar que os “Arcos da Amoreira” são património classificado pela UNESCO e, por esse motivo, há responsabilidades acrescidas na sua manutenção.

Anda muita gente distraída (ou pelo menos a fazer-se). Vale tudo para não apontar o dedo a quem pode dar umas migalhas às Associações de que fazem parte.

Dr. Mocinha, agora que já não pode alegar desconhecimento, faça qualquer coisinha. Se faz favor.

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