O Aqueduto da Amoreira é património municipal. Está
totalmente localizado no concelho de Elvas, foi construído com o dinheiro dos
elvenses durante gerações e, em condições normais, a titularidade da Câmara não
seria novidade.
A curiosidade aqui é que…a Câmara desconhece essa
titularidade. Trocando por miúdos – o atual Presidente da Câmara gere um
município sem que saiba qual o património que lhe está afeto. Se não fosse a
gravidade da situação pareceria uma anedota.
A Câmara insiste nos ajustes diretos, onde gasta milhões de
euros. Insiste em subsidiar Associações que mais não fazem (algumas delas) que
pagar o vencimento a quem trabalha (in)diretamente para a Câmara. Insiste em
carregar nos impostos dos elvenses. Não insiste, porque alegadamente não sabe
que é dona daquilo que lhe pertence, na recuperação e manutenção do nosso
ex-libris.
Este Presidente de Câmara é original, façamos-lhe essa
homenagem. Nenhum político, que eu conheça, se lembrou de alegar desconhecimento
da posse de uma propriedade para justificar a sua inação. Mocinha lembrou-se.
Por muito que os apaniguados de Mocinha se escondam atrás de
argumentários estapafúrdios, comparando o Aqueduto da Amoreira, por exemplo,
com o Templo de Diana, ou dizendo que as culpas são de todos os organismos e
mais algum (que não a Câmara Municipal), a verdade é que compete ao dono fazer
o que for necessário para manter o seu património. E o dono do Aqueduto é a
Câmara!
Cumpre ainda lembrar que os “Arcos da Amoreira” são
património classificado pela UNESCO e, por esse motivo, há responsabilidades
acrescidas na sua manutenção.
Anda muita gente distraída (ou pelo menos a fazer-se). Vale
tudo para não apontar o dedo a quem pode dar umas migalhas às Associações de
que fazem parte.
Dr. Mocinha, agora que já não pode alegar desconhecimento,
faça qualquer coisinha. Se faz favor.
uma vergonha
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