quinta-feira, 10 de maio de 2018

Dr. Mocinha - É preciso ter lata!!!


A venda da Herdade de Dom João passou a constar do capítulo das novelas. Novela mexicana, entenda-se, uma novela de fraca qualidade com um final que a ninguém surpreenderá.

Nuno Mocinha diz ao "Linhas de Elvas" (excerto que apresento no topo) que a culpa é dos rendeiros que estão a pedir muito dinheiro de indemnização! Esta estratégia, de dizer que a culpa é de todos menos do próprio, está gasta e batida, de tão usada que tem sido, já não cola.

Sete anos. Leiam bem, sete anos! Foi por este período de tempo que o Dr. Mocinha renovou os contratos dos rendeiros com valores que, o próprio diz hoje, serem irrisórios!

Que suprema lata. Que grande lata!

Então o Sr. Presidente renova os contratos. Então o Sr. Presidente decide os valores...e agora queixa-se? Queixe-se apenas e só da sua extrema incompetência neste assunto!

E os rendeiros? Terá Nuno Mocinha noção do que é a agricultura? De que os rendeiros têm contratos com o Estado através de projectos apoiados pelo Plano de Desenvolvimento Rural 2020?

Algum de nós abandonaria algo a que tem direito por mais 7 anos, sem pedir uma indemnização? 

Está tudo maluco ou quê?

Sejamos sérios. Dr. Mocinha "ca ganda lata"!! Diga mas é aos elvenses que está a preparar caminho para vender a Herdade ao desbarato, porque a Câmara não tem dinheiro (como o Sr. disse "dificuldades de tesouraria").

quarta-feira, 2 de maio de 2018

IMORAL!!!


Caros elvenses:

Como estão? Espero que bem.

Quero informar-vos de algo que vos pode interessar - Enquanto vocês pagam mais pela água, pelos esgotos, pelo lixo, pela televisão por cabo, pelo gás canalizado e por mais uma série de coisas, há quem não pague absolutamente nada!

Quem? O PS, o PCP e o Bloco de Esquerda!

Estes três partidos, sem que estejamos em campanha ou em pré-campanha eleitoral, mantêm em Elvas mega outdoors políticos. Outdoors que são poluição visual numa cidade classificada pela UNESCO! Campanha política 365 dias por ano, 24 horas por dia.

E quanto pagam à Câmara? Zero. Nicles!

Acham justo? Eu não!

(Nota: O outdoor escolhido para ilustrar o texto é meramente exemplificativo)

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Herdade de Dom João - Um péssimo acto de gestão!


A hasta pública da Herdade de Dom João está marcada. Dentro de dias a Câmara poderá vir a fazer algo que considero imoral - vender um património que foi doado à Autarquia.

Este argumento está mais que batido, pelo que não vale a pena insistir nele. O que quero deixar hoje é a justificação que Nuno Mocinha deu ao "Linhas de Elvas" para efectuar a venda.

Parece que, segundo o Presidente da Câmara, o negócio com os rendeiros foi mal feito, aquilo que vale "700 a 800 euros o hectare" está arrendado a "cento e poucos euros" (Ver foto que ilustra o texto. Fonte: Linhas de Elvas).

O que Mocinha não disse? Que foi ele, no anterior mandato, que renovou os contratos aos rendeiros! Foi então ele quem fez um negócio que hoje considera ruinoso.

Porque o fez? Não faço ideia nenhuma. Descuido? Incompetência? Desleixo? Talvez.

A verdade é que o argumento utilizado para justificar a venda da Herdade é da exclusiva responsabilidade de Nuno Mocinha. Foi assim ele próprio quem criou condições para que a venda se desse.

Terá sido propositado? Também não sei. Só sei que "não bate a bota com a perdigota". O facto da Herdade ter rendeiros reduz o valor da terra o que quer dizer que a Câmara encaixará menos dinheiro.

Não sei se tal configura um acto de gestão danosa a nível jurídico, o que sei é que a revalidação dos contratos pode lesar de facto o município em mais de 1 milhão de euros. 

Agora...cada um pense o que quiser. O que aqui escrevi são factos, e contra factos não há argumentos!


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Mocinha falou chinês mas não de chineses!



Li a entrevista de Nuno Mocinha ao "Linhas de Elvas" e, se em muitos assuntos falou chinês, não pude deixar de notar que não falou de chineses. Nada, nem uma palavrinha.

Durante a campanha eleitoral não se falou de outra coisa, afinal Elvas iria acolher o maior investimento estrangeiro de sempre no nosso país. É por isso curioso que perante tamanho investimento, e numa entrevista de balanço de mandato, Mocinha não dedique uma palavra a este assunto.

O investimento anunciado (e assinado!) era de, nem mais nem menos, 15 mil milhões de euros!

O grupo asiático anunciou ter comprado o Elxadai a um ou dois dias das eleições. Mocinha lá tirou a foto da praxe, debaixo de um enorme outdoor a anunciar as futuras instalações, no Elxadai, da "Prospect Time".

O tempo passou e o outdoor já lá não está. Foi-se o outdoor mas voltou uma bandeira (ver foto). Não, não foi a bandeira da empresa chinesa, o que voltou foi a bandeira da Orbitur, dona do Elxadai.

Nuno Mocinha fala de águas, de questões com o pessoal, recusa-se falar de "boys" (porque será), diz que a Câmara não está falida...enfim, fala de tudo e de mais um par de botas.

Só não fala, repito, do maior investimento estrangeiro a ser feito em Portugal, precisamente em Elvas. Não acham estranho?

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Estacionamento


A questão do pagamento, ou não, dos parques de estacionamento do Centro Histórico, foi muito discutida na campanha eleitoral.

A Câmara passou de um valor "normal" para um valor exorbitante e, fruto do período eleitoral, resolveu depois colocar os parques da Shell e da Praça de Armas, como parques gratuitos.

Agora temos os "estacionadores" da moedinha e uns parques caóticos (segundo relatos que tenho lido). É um problema da Câmara, que a Câmara terá de resolver.

Mas a questão que coloco é outra: se os parques são gratuitos por que motivo algumas máquinas continuam a funcionar e a aceitar dinheiro (nomeadamente, pelo menos, junto ao Cine-Teatro)?

Não seria normal desligarem-se as máquinas? É que turistas ou mesmo elvenses menos atentos, estão a efectuar pagamentos, a máquina não só aceita o dinheiro como passa o ticket respectivo (conforme foto).

Como é contabilizado este dinheiro na Câmara?

Desliguem lá as máquinas se faz favor!

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Conta da água - Alguém que explique!






A Câmara de Elvas realizou, no dia 28 de fevereiro de 2018, uma reunião ordinária, à porta fechada.
A ordem de trabalhos pode ver-se aqui:


Ora vejam. Procurem e tentam lá encontrar um ponto chamado “Actualização do Ciclo Tarifário da Empresa Aquaelvas”.

Não encontram certo?

Mas a verdade é que, no site do município, encontramos um edital que coloquei como foto ilustrativa deste texto.

Edital 23/2018! A ser aplicado no ano económico de 2018.

Depois, vamos ao site da Aquaelvas, e que encontramos? O edital 121/2017…a ser aplicado no ano económico de 2018, mas mais caro que o edital mais recente, o tal 23/2018.


Baralhados? Também eu!

Alguém que explique isto.

Para que fique claro como água, quer em dezembro de 2017, quer em fevereiro de 2018, eu já não era Vereador da Câmara de Elvas e, como tal, não podia aprovar, ou reprovar, tais documentos. Nestas actualizações estão incluídas a água e o saneamento.

Agora façam um último exercício. Comparem as vossas facturas com o edital da Câmara e vejam se está tudo bem. ;)

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Este assunto não morrerá. Não pode morrer!



A sociedade civil de Elvas, leia-se cidadãos independentes de forças políticas, não tem muito o hábito de intervir na vida pública. Vemos e lemos, de quando em vez, o desagrado das pessoas em relação a assuntos que as afetam diretamente. Mais raro é ver intervenções que se destinam ao bem da comunidade.

Um exemplo, nem sempre consensual, é o do conhecido blogger e internauta Jacinto César que, munido das armas que a internet lhe possibilita tem lutado por causas de todos. Lembro-me do Forte da Graça e, mais recentemente, do Aqueduto da Amoreira.

Este elvense chamou a atenção, e bem, para o enorme estado de degradação dos Arcos da Amoreira em diversos artigos.

Neste artigo chama a atenção do Presidente da Câmara para o estado de “doença” do nosso monumento:


Neste faz uma análise mais técnica do problema, provando que o perigo é real:


Aqui continua com a argumentação:


Aqui, parecendo mais desmoralizado, diz-nos que devemos “ter fé” em que nada aconteça:


Finalmente, neste post, desiste do assunto dizendo-se farto:


É com pena que vejo esta desistência, mas, tal facto, não deve desmotivar-nos, nem fazer com que desistamos. É hora de outras pessoas falarem do assunto e insistirem para que a Câmara, legítimo proprietário do Aqueduto, trate URGENTEMENTE do assunto.

É a hora também da Proteção Civil de Elvas fazer um estudo, o mais depressa que for tecnicamente possível, sobre o real estado do Aqueduto.

Lembro que os carros circulam por debaixo do mesmo. Lembro que há caminhos e estradas que passam bem perto dele. E, dado o estado de “doença”, de desleixo e de incúria a que foi votado, é hora de agir.

Digam-nos, por favor, se é seguro circular perto dos Arcos. Digam-nos, por favor, se o monumento está em perigo eminente de derrocada total ou parcial.

Senhores da Câmara Municipal: Este é um assunto vosso! Assumam as vossas responsabilidades, tratem do que é nosso (e está sob a vossa gestão).

Bem-haja Jacinto César por ter levantado este gravíssimo problema.

Há que cuidar de património classificado pela UNESCO.

Custe o que custar.

É urgente!


domingo, 8 de abril de 2018

Nuno Mocinha e Bruno de Carvalho


Parece que os Presidentes do meu clube e da minha cidade andam com problemas parecidos. Quer um, quer outro, tomaram medidas e decisões que lesam, ou podem lesar, as instituições que representam.

De Bruno Carvalho já muito se falou e, por isso, não vale a pena bater mais no ceguinho.

A história com Nuno Mocinha é que, até agora, era um segredo (mal) guardado.

Parece que a última reunião com os funcionários da Câmara terá corrido mal, muito mal, ao Sr. Presidente. Primeiro terá afirmado que "nos momentos difíceis deixam-me sempre sozinho" (não havia mais eleitos na reunião, uma crítica velado aos seus "camaradas"). Depois terá sido menos correcto para alguns funcionários e, nesse sentido, terá mandado sair da sala o Eng. Mário Batista.

O Eng. Mário, pessoa que respeito como técnico da Câmara Municipal, terá dito que não saía pois tinha direito a defender-se do que estava a ser dito. E ficou. Nuno Mocinha não gostou e terá afirmado que o Eng. Mário estava "exonerado de funções".

Bruno de Carvalho terá, mais cedo ou mais tarde de se retratar, ou a coisa acabará mal para o seu lado.

Nuno Mocinha terá, inevitavelmente, que fazer o mesmo, ou a "coisa" não lhe correrá bem.

Dois Presidentes que andam nervosos, acossados, que não medem o alcance do que dizem ou do que escrevem. Dois Presidentes que, por sua culpa, não estão a fazer um trabalho de acordo com o que esperavam aqueles que os elegeram.

Aqui irei colocar, se se justificar, cenas dos próximos capítulos (na 4ª há reunião de Câmara).

Começo a achar, mas a achar mesmo, sem ponta de ironia que, quer um, quer outro, não acabarão o mandato que começaram.

Aguardemos!

Créditos foto: Tudobem

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Tratem de mim porra!




O Aqueduto da Amoreira é património municipal. Está totalmente localizado no concelho de Elvas, foi construído com o dinheiro dos elvenses durante gerações e, em condições normais, a titularidade da Câmara não seria novidade.

A curiosidade aqui é que…a Câmara desconhece essa titularidade. Trocando por miúdos – o atual Presidente da Câmara gere um município sem que saiba qual o património que lhe está afeto. Se não fosse a gravidade da situação pareceria uma anedota.

A Câmara insiste nos ajustes diretos, onde gasta milhões de euros. Insiste em subsidiar Associações que mais não fazem (algumas delas) que pagar o vencimento a quem trabalha (in)diretamente para a Câmara. Insiste em carregar nos impostos dos elvenses. Não insiste, porque alegadamente não sabe que é dona daquilo que lhe pertence, na recuperação e manutenção do nosso ex-libris.

Este Presidente de Câmara é original, façamos-lhe essa homenagem. Nenhum político, que eu conheça, se lembrou de alegar desconhecimento da posse de uma propriedade para justificar a sua inação. Mocinha lembrou-se.

Por muito que os apaniguados de Mocinha se escondam atrás de argumentários estapafúrdios, comparando o Aqueduto da Amoreira, por exemplo, com o Templo de Diana, ou dizendo que as culpas são de todos os organismos e mais algum (que não a Câmara Municipal), a verdade é que compete ao dono fazer o que for necessário para manter o seu património. E o dono do Aqueduto é a Câmara!

Cumpre ainda lembrar que os “Arcos da Amoreira” são património classificado pela UNESCO e, por esse motivo, há responsabilidades acrescidas na sua manutenção.

Anda muita gente distraída (ou pelo menos a fazer-se). Vale tudo para não apontar o dedo a quem pode dar umas migalhas às Associações de que fazem parte.

Dr. Mocinha, agora que já não pode alegar desconhecimento, faça qualquer coisinha. Se faz favor.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Que ser PS não seja vantagem (nem desvantagem)




O Congresso Distrital do Partido Socialista teve uma grande participação de elvenses, como se pode comprovar pela foto que foi publicada no Facebook. Seja por que partido for, o envolvimento de Elvas na política distrital e nacional é sempre salutar.

Quero que saibam que conheço muitas das pessoas que foram delegadas pelo PS e que não tenho, por nenhuma delas, qualquer antipatia pessoal, profissional ou política. Feita esta declaração de interesses vamos ao que me fez escrever este texto.

Deu algum trabalho, mas achei por bem fazer o seguinte exercício: procurar os requisitos para os diversos concursos abertos na Câmara Municipal e ver se, por acaso, eles coincidiam com a formação académica de alguns delegados.

Retirei da minha pesquisa o Presidente da Câmara e Vereadores, o Empresário/Político que preside à Assembleia Municipal, os reformados, e aqueles que já são Técnicos Superiores da Câmara. Foquei-me apenas naqueles que podem vir (e bem, com todo o direito) a concorrer para os quadros.

Descobri algo que só pode caber no capítulo das grandes coincidências. Algumas necessidades que a Câmara diz ter em diversas áreas são precisamente as áreas académicas de alguns delegados.

Tenho quase a certeza (embora ela não seja absoluta) que a Câmara procurou as suas reais necessidades e que mandou abrir os concursos consoante elas. Não me passa pela cabeça que a Câmara tenha feito ao contrário, ou seja, saber qual a formação académica de alguns militantes do PS e abrir o concurso de acordo, não com as reais necessidades da Câmara, mas com as reais necessidades…das pessoas.

Por não acreditar que haja qualquer benefício nos concursos para quem seja militante do PS ou da JS é que irei guardar, religiosamente, esta foto.

Tenho quase a certeza (embora ela não seja absoluta) que no fim iremos encontrar provas de que se tratou de um concurso isento, sem favoritos à partida.

Aguardemos então pelos ansiados resultados dos concursos da Câmara Municipal.


(Créditos foto: página de facebook da concelhia de Elvas do PS)

quinta-feira, 22 de março de 2018

O buraco da Câmara...e das estradas


De vez em quando as estradas devem ser pavimentadas, limpas e arranjadas, pelo bem da circulação e da segurança rodoviária. No caso das estradas municipais, tal como o nome indica, a responsabilidade da sua manutenção é da autarquia que deve prever esses investimentos que se sabem necessários de tempos a tempos.

As estradas do concelho de Elvas, não apresentando ainda muitos casos extremos, começam a atingir o limite da sua vida útil pelo que, dentro em breve, a Câmara terá de fazer esse investimento.

Nada disto é novidade para os políticos que nos (des)governam, nem tão pouco para os leitores deste texto. O que é de espantar é a maneira como o gestor público e político Nuno Mocinha pretende enfrentar esta situação.

Numa reunião de Câmara onde estive presente o assunto foi abordado e a resposta do Presidente da Câmara deixou-me preocupado. Parece que a solução tem a ver com um "mecanismo financeiro" que permita fazer face à despesa, ora "mecanismo financeiro" é um eufemismo usado pelos políticos modernos quando não querem dizer (e assumir) uma palavra da língua portuguesa que todos entendem. Empréstimo!

Pelos vistos vamos ter de nos habituar a isto. Depois de gastar o que recebeu, depois de começar a vender os anéis (Herdade de Dom João), o Presidente da Câmara e a sua equipa (sim, porque os outros Vereadores PS têm votado tudo a favor) preparam-se para recorrer à banca para fazer face a este tipo de despesas.

Este é daqueles textos que fica para "memória futura". Cá estaremos daqui a 3 anos (porque convém arranjar as estradas próximo das eleições) para verificar a veracidade, ou não, daquilo que hoje escrevo.

Entretanto vamos gastando centenas de milhares de euros em ajustes directos e em subsídios a algumas associações que mais não são que uma forma disfarçada de pagar vencimentos a quem ainda não pode ser pago pela Câmara.

terça-feira, 20 de março de 2018

O erro de 1,2 milhões de euros


E pronto! Referendo rejeitado, venda da Herdade de Dom João aprovada.

Na Assembleia Municipal de hoje ficámos a saber que a maioria socialista não quis devolver a voz ao povo num assunto que não foi falado na campanha eleitoral. Quatro vereadores e dezassete deputados municipais decidiram vender algo que a Câmara herdou.

Mas ficámos a saber mais: houve um erro, um enorme erro de gestão que custará à autarquia uma quantia estimada em 1,2 milhões de euros. Coisa pouca...

E de que erro se trata? Simples. A herdade vale 3,3 milhões de euros tendo em conta que há contratos de arrendamento em vigor por um período de 7 anos. Não houvesse rendeiros e a herdade podia (ao que me dizem) valer, pelo menos, 4,5 milhões de euros. E é aqui que a porca torce o rabo. Quem renovou os contratos de arrendamento foi precisamente Nuno Mocinha, em 2017 (sim, há menos de 1 ano).

Como pode Mocinha vir falar em valores de arrendamento baixos quando foi ele próprio quem renovou os contratos?

Como pode Mocinha desvalorizar desta maneira uma propriedade que quer vender? Não foi o senhor eleito para defender os superiores interesses da Câmara e dos elvenses?

Grande negócio para quem comprar. Péssimo negócio para quem vai vender. O comprador pagará, em princípio, os 3,3 milhões de euros e resta-lhe esperar 7 anos para que aquilo que comprou passe a valer 4,5 milhões (no mínimo).

Um dia triste para Elvas!

Nota: O "erro" foi assumido, em Assembleia Municipal, pelo deputado socialista José Contradanças. Um erro crasso e sobretudo um erro...caro.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Bolsas de Estudo


As bolsas de estudo são, na minha opinião, uma das boas medidas de apoio social de que a Câmara de Elvas dispõe. O dinheiro que é entregue é bem aplicado pois permite, no limite, que muitos jovens, que de outra maneira não o conseguiriam, possam ir mais longe na sua formação académica.

As bolsas, sendo um apoio social, só são garantidas para quem faça prova de realmente as necessitar e é precisamente por esse motivo que o seu pagamento a tempo e horas devia ser sagrado. Os pais não deviam ter de "implorar" pelo pagamento, os pais não devem sentir que estão a pedir caridade, os pais, resumindo, não deviam ter de se preocupar com este assunto.

Acontece que tenho recebido dezenas (e não estou a exagerar) de reclamações de encarregados de educação que me dizem que as bolsas não estão a ser pagas. Reportam-me atrasos de 3, 4, 5 e 6 meses. Dizem-me que estão a ter dificuldades em fazer face às despesas escolares dos seus filhos e isto é absolutamente inadmissível!

Pergunto eu: acham que os vencimentos dos políticos da Câmara estão atrasados? Ou estarão em dia, certinhos como um relógio suíço? Creio que a resposta é óbvia. Os políticos que decidem sobre as vossas vidas têm o seu dinheiro garantido antes do final do mês. Não lhes falta nada. 

Aqueles que diziam que a Câmara não estava falida estão em falta para com quem os elegeu. Aqueles que diziam estar tudo bem não estão, em nome da Câmara, a cumprir com os compromissos assumidos. Aqueles que prometeram tudo há 6 meses estão a faltar com a palavra dada.

Deixo por isso aqui a minha solidariedade com todos os encarregados de educação e espero sinceramente que, como é habitual, este texto sirva para agitar consciências.

Dr. Nuno Mocinha, Eng. Cláudio Carapuça, Drª Vitória Branco e Engº Tiago Afonso...façam por favor a Câmara pagar aquilo que deve. Cumpram com a vossa palavra e, sobretudo, com as vossas obrigações.

É o mínimo que podem fazer!


sexta-feira, 16 de março de 2018

Ainda a factura da água

Não guardei ata nenhuma das reuniões de Câmara do mandato passado. Somando estas às da Assembleia Municipal, onde estive entre 1999 e 2013, tornou-se incomportável por falta de espaço físico em minha casa. Tive, por isso, de dar voltas à cabeça para tentar lembrar-me do que se terá passado em maio de 2017 (data a que aludiu Nuno Mocinha). Feitos alguns contactos, penso saber onde o Presidente de Câmara pretendeu chegar.

Há 6 ou 7 anos (portanto, ainda nos mandatos de Rondão como Presidente da Câmara) saiu uma lei que obrigava o consumidor a pagar aquilo que consumia, a teoria do poluidor/pagador. Na altura, o Presidente da Câmara, percebendo a impopularidade do assunto, optou por promover aquilo a que podemos chamar de "manobras dilatórias", ou seja, ir pedindo parecer atrás de parecer, papéis para trás e para frente para ir evitando cumprir a lei. Entretanto, entra Mocinha como Presidente da Câmara e continuou com a mesma estratégia, ir empurrando com a barriga e assim foi até 2017, quando se esgotaram todas as possibilidades de pareceres e outros que tais. A coisa chegou a um ponto tal que, ou se aprovava as taxas de saneamento, ou se incorria em perda de mandato. Assim, sem tirar nem pôr.

Nuno Mocinha, pressionado pela possibilidade de ver o Tribunal Administrativo retirar o mandato aos elementos da Câmara colocou um ponto, de forma encapotada, salvo erro numa acta da Comissão de Acompanhamento da Concessão de Água (espero que a minha memória não me atraiçoe) onde previa esse pagamento por parte dos elvenses. A questão dizia apenas respeito ao saneamento e ,na prática, o que aconteceu foi ter de fazer de uma só vez o que podia (e devia) ter sido feito de forma gradual em 6 ou 7 anos.

Portanto, e sendo a isso que Nuno Mocinha se referiu, tratou-se apenas de votar o saneamento e não de lixos nem de aumentos dos preços do metro cúbico nos diversos escalões. Esses aumentos já foram feitos pelos actuais eleitos (na Câmara e na Assembleia) e, falando agora do meu partido, o CDS votou contra estes e outros aumentos.

Mocinha está a baralhar as pessoas, pensando que pode sair disto incólume, quando toda a gente sabe que, quer no mandato anterior, quer neste, o PS e Nuno Mocinha dispuseram e dispõem de uma confortável maioria absoluta e é, portanto, o maior responsável pelo que de mau (e de bom) se passa em Elvas.

Espero que a minha memória não me atraiçoe, mas tenho 99% de certeza que foi isto que se passou.

Do que me lembro muito bem é de ter votado contra a concessão de água a privados e também me lembro que Nuno Mocinha, mesmo sendo Rondão o Presidente, foi responsável pela concessão. Até hoje não percebi porquê, mas, sempre que a reunião metia o assunto das águas, Rondão Almeida faltava. Foi sempre Mocinha a defender a concessão e as atas comprovarão isso. Não estou a ilibar Rondão da concessão, mas não posso branquear o papel determinante que teve, à data, Nuno Mocinha.

Termino explicando o truque que permitiu à Câmara encaixar perto de 40% a mais em cada factura: o saneamento está indexado ao gasto de água pelo que, com o aumento de 20% nos escalões, a Câmara acaba por aumentar também o saneamento por via da indexação. Um truque de Câmara falida que não passa disso mesmo, de um truque.


quarta-feira, 14 de março de 2018

Chineses compram Elxadai?!?!


Lembram-se dos negócios da China que apareceram a 2 dias dos votos? Lembram-se do que foi noticiado? Lembram-se do título “Empresários Chineses compram Elxadai”?

Eu recordo-vos:


Informações recentes (e fidedignas) dizem-me que, até ao momento, o Elxadai pertence aos mesmos donos, os chineses não compraram nada. A unidade hoteleira voltou a aceitar reservas.

Agora pergunto eu: e agora? Ninguém vai tentar saber mais do assunto? A notícia “bombástica” em período de campanha eleitoral fica assim? É mais um call centre da PT? Que apareceu a poucos dias dos votos e de que nunca mais se soube nada?

“Empresários chineses compram Elxadai”. Quem noticiou viu a escritura? Ou fez fé nas palavras de Nuno Mocinha?

Lembram-se do outdoor que foi colocado no Elxadai e onde Mocinha e um empresário tiraram uma lindíssima foto? Já lá não está....

Se a última campanha eleitoral vier a dar um filme tenho o título indicado. O grande embuste!

Nuno Mocinha mentiu a campanha toda. Mentiu em relação à saúde financeira do município, mentiu em relação ao prazo de algumas obras, mentiu em relação aos concursos (ainda não estão despachados) e pelos vistos também não falou verdade na questão dos chineses. Omitiu que pretendia vender uma herdade da Câmara.

Agora está à vista de todos…mas já é tarde. Mocinha, Carapuça, Vitória e Tiago Afonso estarão perfeitamente à vontade, durante 4 anos, para delapidar o património da Câmara (através de vendas de património e de empréstimos) e também o património dos elvenses (através do aumento de impostos e taxas).

Créditos foto: elvasnews

quinta-feira, 8 de março de 2018

(Quase) todos pelo referendo!


No passado domingo, realizou-se uma reunião que reputo de histórica e que juntou à mesma mesa o Movimento Independente, CDS, PSD e BE. O assunto em debate foi a venda da Herdade de Dom João e só não se atingiu o pleno dos partidos da oposição porque o PCP, embora convidado, não compareceu (percebemos hoje que é a favor da venda da Herdade).

Deste encontro, saiu algo que passará também a fazer parte da história: um requerimento assinado por mais de um terço dos deputados municipais, solicitando a celebração de uma Assembleia Municipal extraordinária com um único ponto – A votação e discussão de um referendo municipal sobre esta possível venda.

Nunca antes tal tinha acontecido. É a primeira vez que a Assembleia Municipal irá reunir a pedido de deputados municipais (pedido vinculativo e que tem, obrigatoriamente, de ser aceite).

O argumento é muito simples. Tão simples que qualquer democrata, mais ou menos instruído, deveria aceitar. O assunto da venda da herdade não foi colocado na recente campanha eleitoral. Nenhum candidato disse algo parecido com isto “se ganhar as eleições, porei à venda a Herdade de Dom João, para suprimir necessidades de tesouraria”. Tal nunca foi dito. Os elvenses não aprovaram, mesmo que indiretamente, tal decisão. Daí que devolver a palavra ao povo seja o caminho mais claro e transparente.

Estive presente na reunião e verifiquei a unanimidade noutro ponto: o respeito pelo referendo. Queiram a maioria dos votantes que a herdade se venda e nenhuma das forças políticas colocará objeções.

Entretanto, corre uma petição por este mesmo referendo que gostaria que assinassem. Basta clicar no link abaixo e subscrever. Se quiserem, podem partilhar nas vossas páginas de Facebook, pois quantos mais formos, melhor!


terça-feira, 6 de março de 2018

A factura da água



Um leitor enviou-me duas facturas de água, uma de Fevereiro de 2017 e outra de Fevereiro de 2018. Podemos constatar um aumento de 100% no valor a pagar, de 20 euros em 2017 passou para 40 euros em 2018. Como? Com aumentos, claro!

O Partido Socialista e os seus eleitos aprovaram, sozinhos, aumentos substanciais no valor do metro cúbico, em cada escalão. Os eleitos do CDS e, ao que sei, também dos outros partidos votaram contra.

O 1º escalão que em 2017 se pagava a 0,4497€/m3 passou para 0,5331€/m3 em 2018. O 2º escalão passou de 0,8548€ para 1,0134€ por metro cúbico. 

O aumento do preço da água foi de 18,5%!!

Estava eu na Assembleia Municipal quando a concessão das águas se deu. Votei contra e ouvi da boca de Nuno Mocinha, à data Vice-Presidente, que o 1º escalão só aumentaria em função da inflação.

Pois bem, segundo o Instituto Nacional de Estatística, a inflação em 2017 ficou em 1,4%...bem longe do aumento de 18,5% que os socialistas aprovaram.

E é assim que se vai pagando a crise...aumentos, aumentos e mais aumentos, para alimentar uma máquina insaciável que, na Câmara de Elvas, responde pelo nome de "ajustes diretos".




sábado, 3 de março de 2018

Concursos das Câmaras


Sempre que uma qualquer Câmara abre concurso para admissão de pessoal é inevitável que surjam, ou se insinuem, suspeições. Algumas vezes com razão, outras vezes sem, mas a ideia que está criada é que os concursos não são “limpos”. É vulgar falar-se de “jobs for the boys”, é comum dizer-se que os lugares estão (pré)destinados.


Defendi e defendo que os critérios devem ser objetivos, ao invés de se atribuir um peso importante na ponderação dos concursos aos chamados critérios subjetivos.

Um critério objetivo é impossível de “aldrabar”. Um doutorado está à frente de um mestrado, um mestrado está à frente de um licenciado, um licenciado está à frente do ensino secundário, e por aí em diante. Não há como haver engano. Em caso de grau igual, a nota de final de curso é, também ela, fator objetivo e de desempate. A experiência profissional (anos de trabalho, funções desempenhadas) é também um critério objetivo.

O exame escrito devia ser também um critério objetivo, mas, do meu ponto de vista, não é. Seria subjetivo se fosse tal e qual como os exames nacionais, se os testes viessem selados e não fossem do conhecimento de ninguém. Da maneira como as coisas são feitas, é possível que alguém mal-intencionado possa dar conhecimento prévio da prova ao candidato “favorito”. Atenção que disse “pode”! Não disse que acontece, apenas que pode acontecer.

Como principal critério subjetivo temos a entrevista. O candidato apresenta-se perante o júri, para uma entrevista que será classificada consoante os critérios de quem faz a entrevista. É precisamente aqui que, muitas das vezes, entra o favor, o compadrio, o famoso “fator C”.

Imaginem que se quer o candidato A, mas que o candidato B tem melhores qualificações académicas, melhor curriculum, melhores condições. Que fazer? É simples. Ao candidato A, o júri atribuirá a nota mínima e ao candidato B a nota máxima e no fim, ponderados todos os factores, o candidato B passa à frente do candidato A. Missão cumprida!

Há também algo que perverte, e de que maneira, um concurso de admissão de pessoal. O processo normal seria a Câmara fazer um levantamento das reais necessidades do município e depois abrir concursos para essas áreas, mas o normal é, infelizmente e muitas vezes, a exceção. O que se faz então? Se queremos colocar o candidato A vamos saber que habilitações tem e depois fazemos crer que a Câmara está necessitada de alguém com essas mesmas habilitações. Chama-se a isto, na gíria, fato à medida. É por isso que vemos Câmaras, de repente, a necessitarem de um Engenheiro Aerospacial, de um astrónomo ou de um licenciado em genética, por exemplo. Na verdade, não fazem falta nenhuma, mas acontece que é essa a formação que possui a pessoa que queremos colocar no lugar.

Escrevo isto antes de saírem os resultados dos concursos da Câmara de Elvas. Espero sinceramente que seja um processo limpo e transparente. Não acredito quando me dizem que há lugares cativos para, por exemplo, filhos de vereadores atuais ou antigos do PS. Não acredito quando me dizem que o lugar A está prometido à pessoa B. Não acredito, não quero e nem posso acreditar numa coisa dessas, seria mau demais para ser verdade.

Tão pouco acredito que aqueles que fizeram campanha pela força vencedora tenham prioridade, ou que os elementos, por exemplo, da Juventude Socialista valham mais que os outros apenas e só pelo simples facto de serem militantes. Não acredito mesmo!

Também não acredito em Bruxas…pero que las hay…las hay.

Aguardemos serenamente pelo desenrolar dos concursos e depois retomaremos o tema.

Todos aqueles que se sentirem prejudicados num qualquer concurso podem contar com a minha colaboração na reclamação. A haver “marosca” ela deverá ser do conhecimento de todos e, com a reclamação, terão direito às notas dos outros concorrentes.




sexta-feira, 2 de março de 2018

De volta!

Em 2006 decidi dar vida ao blog "Câmara dos Comuns" que utilizei para fazer política local. O blog foi um verdadeiro sucesso e alcançou dezenas de milhares de visualizações nos cerca de 5 anos em que esteve activo. O título "Câmara dos Comuns" começou por ser utilizado como designação da minha coluna semanal no "Linhas de Elvas", passou depois para a minha coluna no "Despertador" e acabou num blog.

O facebook impunha-se, em 2011, como a grande ferramenta de comunicação e, também por isso, decidi transferir o blog para essa rede social. A verdade é que não é a mesma coisa. No facebook tudo é efémero, os algoritmos que utilizam vedam a muitas pessoas a possibilidade de lerem, no seu feed, aquilo que escrevo. O facebook dá prioridade a textos curtos e concisos, ninguém, ou quase ninguém, lê um texto com mais de 5 linhas. Torna-se difícil recuperar e encontrar um texto que escrevemos há 1, 2, 3 ou 4 anos atrás. Aqui fica tudo compartimentado e de fácil acesso. Um blog não tem limite de "amigos" enquanto que o facebook nos limita aos 5000 (as chamadas páginas de fãs só funcionam bem...pagando).

Neste novo espaço construirei textos mais longos, com mais substância, porque sei que quem aqui vem o faz porque tem verdadeiro interesse naquilo que escrevo. O facebook, que manterei, será utilizado para fins mais pessoais (embora vá, por exemplo, partilhar os meus artigos neste espaço).

Espero contar com a vossa visita, comentários e partilhas destes textos no facebook.

Tenho já 4 temas previstos que irei colocando à medida que vá tendo tempo.

Obrigado!

Tiago Abreu