terça-feira, 20 de março de 2018

O erro de 1,2 milhões de euros


E pronto! Referendo rejeitado, venda da Herdade de Dom João aprovada.

Na Assembleia Municipal de hoje ficámos a saber que a maioria socialista não quis devolver a voz ao povo num assunto que não foi falado na campanha eleitoral. Quatro vereadores e dezassete deputados municipais decidiram vender algo que a Câmara herdou.

Mas ficámos a saber mais: houve um erro, um enorme erro de gestão que custará à autarquia uma quantia estimada em 1,2 milhões de euros. Coisa pouca...

E de que erro se trata? Simples. A herdade vale 3,3 milhões de euros tendo em conta que há contratos de arrendamento em vigor por um período de 7 anos. Não houvesse rendeiros e a herdade podia (ao que me dizem) valer, pelo menos, 4,5 milhões de euros. E é aqui que a porca torce o rabo. Quem renovou os contratos de arrendamento foi precisamente Nuno Mocinha, em 2017 (sim, há menos de 1 ano).

Como pode Mocinha vir falar em valores de arrendamento baixos quando foi ele próprio quem renovou os contratos?

Como pode Mocinha desvalorizar desta maneira uma propriedade que quer vender? Não foi o senhor eleito para defender os superiores interesses da Câmara e dos elvenses?

Grande negócio para quem comprar. Péssimo negócio para quem vai vender. O comprador pagará, em princípio, os 3,3 milhões de euros e resta-lhe esperar 7 anos para que aquilo que comprou passe a valer 4,5 milhões (no mínimo).

Um dia triste para Elvas!

Nota: O "erro" foi assumido, em Assembleia Municipal, pelo deputado socialista José Contradanças. Um erro crasso e sobretudo um erro...caro.

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